quarta-feira, 1 de julho de 2009

SOCIOLOGIA E EDUCAÇÃO

Sociologia é uma das ciências sociais e seu objetivo é descobrir a estrutura física da sociedade humana, identificar as principais forças que mantém os grupos unidos ou que os enfraquecem e verificar que condições transformam a vida social.
Os fatos sociais são exteriores aos indivíduos e continuariam existindo mesmo que estes não existissem mais. Exercem coação sobre o indivíduo que não pode deixar de praticá-los.
Não basta que vários indivíduos estejam lado a lado para que estejam interagindo. Interação social é uma ação coletiva, executada por vários indivíduos com vistas em objetivos comuns.
Grupos Sociais são conjuntos de indivíduos que interagem uns com os ouros durante um certo período de tempo.
O que entendemos por estratificação social e classes sociais. O processo que coloca os vários indivíduos em camadas sociais diferentes é chamado de estratos sociais e são divididos conforme suas condições econômicas, de nascimento, etc. Os vários estratos
formam as classes sociais da sociedade.
Diferenciemos então Comunidade e Sociedade: o primeiro refere-se a um grupo local, bastante integrado , com contatos primários e pessoais, já sociedade abrange um grupo muito maior heterogêneo, com relações impessoais e formais.
Falemos agora em Status e Papel social . Status social é a posição que o indivíduo ocupa no grupo ou na sociedade na qual ele está inserido. Papel social constitui o conjunto de funções que cada indivíduo desempenha em conseqüência do status que ocupa.
Vejamos então estes slides que preparei sobre sociais, para que percebam a importância e as diferenças existentes nos relacionamentos sociais e entendam que Relacionamento é tudo.

Trabalho desenvolvido pela professora Rosani de Lima da Luz no Curso Normal Médio, turma 111NM, na disciplina de Sociologia da Educação-2009.
QUEM SOU EU COMO PROFESSOR E APRENDIZ?

INICIALMENTE, FAREI UM PEQUENO RELATO DE MINHA TRAGETÓRIA PROFISSIONAL.
COMECEI MINHA ATIVIDADE DOCENTE NO ANO DE UM MIL E NOVECENTOS E OITENTA E DOIS TRABALHANDO COM ENSINO FUNDAMENTAL INICIAL.
DURANTE QUINZE ANOS TRABALHEI SOMENTE COM ENSINO FUNDAMENTAL INICIAL PERCORRENDO DIV ERSAS ESCOLAS, TRABALHANDO EM LOCALIDADES E ESCOLAS DIFERENTES, MAS TODAS LIGADAS AO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.
A PARTIR DO ANO DE UM MIL NOVECENTOS E NOVENTA E SETE, COMECEI A MINISTRAR AULAS NO CURSO NORMAL MÉDIO E NO ENSINO MÉDIO, TRABALHANDO COM AS DISCIPLINAS DE DIDÁTICA DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA, SOCIOLOGIA E SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO, ESTRUTURA E OUTRAS MAIS, ALÉM DE ATUAR NO SERVIÇO DE ORIENTAÇÃO DE ESTÁGIO, DO CURSO NORMAL MÉDIO.
COMO TRABALHO COM DISCIPLINAS DISTINTAS, ATINGINDO SEMPRE OS MESMOS ALUNOS, PROCURO NO DIA-A-DIA, DIVERSIFICAR AO MÁXIMO MINHA PRÁTICA, ATÉ PARA QUE OS ALUNOS MANTENHAM-SE INTERESSADOS E ATENTOS QUE QUERO TRANSMITIR, TAMBÉM OBJETIVANDO QUE ALCANCEM O QUE REALMENTE QUERO QUE RENDAM.
DURANTE MINHA PRÁTICA DOSCENTE PROCURO SEMPRE MESCLAR AS ATIVIDADES DIÁRIAS EM MOMENTOS DISTINTOS. PRIMEIRO PROCURO CHAMAR A ATENÇÃO DA TURMA PRA O QUE VOU EXPLICAR, INCENTIVANDO-OS COM ALGUMA DINÂMICA OU TÉCNICA, COMPETITIVA, OU NÃO, MAS QUE PROMOVA UM AGITO ORIENTADO, QUE PARA MIM, É UM BELO INCENTIVO PARA O INÍCIO DE QUALQUER ATIVIDADE OU CONTEÚDO NOVO.
POSTERIORMENTE, PASSO AO CONTEÚDO PROPRIAMENTE DITO, E NOVAMENTE PROPORCIONAREI UMA OUTRA ATIVIDADE QUE OS LEVEM A PRODUZIR, BASENDO-SE NO QUE FOI ASSIMILADO, PARA QUE POSSA OBSERVAR SE, O QUE FOI TRANSMITIDO, FOI REALMENTE APROVEITADO OU, TEM QUE SER REVISTO NOVAMENTE, TALVEZ DE UMA OUTRA FORMA.
PROCURO, NO DIA-A-DIA DA SALA DE AULA, SEMPRE FAZER LIGAÇÕES DO CONTEÚDO COM O QUE SE PASSA NA SOCIEDADE, MOSTRANDO AS MODIFICAÇÕES OCORRIDAS, AS TRAGETÓRIAS PERCORRIDAS, AS ATITUDES TOMADAS, AS CONSEQUÊNCIAS DE NOSSOS ATOS, ETC...
PROCURO EM MINHA PRÁTICA, SEMPRE VARIAR A FORMA DE ENSINAR, ESTOU DIARIAMENTE EM BUSCA DE NOVIDADES, IDÉIAS NOVAS, NOVAS FORMAS DE INTRODUZIR CONTEÚDOS. PROCURO TROCAR IDÉIAS COM MEUS COLEGAS DE CURSO, E SEMPRE QUE POSSO FAÇO PARCERIAS DESENVOLVENDO PROJETOS, EM QUE POSSAMOS UNIR NOSSAS DISCIPLINAS COM OS MESMOS OBJETIVOS, TRABALHANDO JUNTO COM AS TURMAS, PROPONDO ATIVIDADES DIFERENTES, MISTURANDO ENSINO MÉDIO COM O CURSO NORMAL, ENFIM PROMOVENDO INTEGRAÇÃO DOS DIVERSOS SEGMENTOS DA ESCOLA, DOS DIVERSOS CURSOS, DESENVOLVENDO PARCERIAS, ETC...
PROCURO ESCUTAR SEMPRE MEUS ALUNOS, SUAS SUGESTÕES, OPINIÕES, VALORIZANDO SUAS PRODUÇÕES E APRENDENDO COM ELES.
ESTOU ABERTA AS NOVAS TECNOLOGIAS. É BEM VERDADE, QUE ANDEI UM POUCO ACOMODADA, QUANTO À ÁREA DE INFORMÁTICA, MAS RESPINGUEI, QUANDO PERCEBI QUE PODERIA TER UMA ÓTIMA ALIADA PARA MINHA INCANSÁVEL BUSCA POR NOVIDADES E NOVAS FORMAS DE INTRODUZIR MINHAS MATÉRIAS.
EMBORA NÃO TENDO TANTO TEMPO ASSIM, PARA TROCA DE IDÉIAS COM COLEGAS NO DIA-A-DIA, PROCURO ESTAR ATENTA, COMPARTILHANDO MINHAS IDÉIAS, PARTICIPANDO EM DIVERSAS COMISSÕES DE TRABALHO, DESENVOLVENDO OS PROJETOS EM PARCERIA COM COLEGAS, COMO JÁ CITEI ANTERIORMENTE.
SEMPRE PROCURO FAZER MUDANÇAS NA MINHA FORMA DE ENSINAR E CADA VEZ QUE O FAÇO, NÃO SINTO-ME DESCONFORTÁVEL, PELO CONTRÁRIO, SINTO-ME ANSIOSA PAR VER OS RESULTADOS. NÃO TENHO RECEIO DE INOVAR, PELO CONTRÁRIO, ADORO INVENTAR, MUDAR, DIVERSIFICAR. CLARO QUE SEI O QUE PRECISO E QUE DEVE SER TRABALHADO EM CADA DISCIPLINA, MAS AS FORMAS DE TRABALHAR É QUE PROCURO MUDAR, MESMO SENDO TURMAS DIFERENTES , SE SURGE A IDÉIA, JÁ VOU EXPERIMENTAR E VER OS RESULTADOS QUE VOU CONSEGUIR.
REALMENTE, SOU INCANSÁVEL, GOSTO DO QUE FAÇO, GOSTO DO CONTATO COM OS ALUNOS EM SALA DE AULA, DO CONVÍVIO DIÁRIO NA ESCOLA.
PROCURO ESDTAR SEMPRE ALEGRE, DE BOM HUMOR, TRANSMITINDO ALEGRIA, SENDO AMIGA, COBRANDO QUANDO É NECESSÁRIO, OUVINDO QUANDO É PRECISO, EXIGINDO QUANDO ACHO QUE NÃO ESTÁ DO JEITO QUE DEVERIA OU PODERIA ESTAR ORIENTANDO QUANDO VEJO A NECESSIDADE.
DENTRO DO CURSO NORMAL, TEMOS UMA PARCERIA MUITO BOA ENTRE NÓS PROFESSORES, PROCURAMOS INFORMAR SEMPRE QUE ACONTECEM SITUAÇÕES QUE MERECEM NOSSA ATENÇÃO MAIOR, PROCURAMOS AGIR EM CONJUNTO. UM PROFESSOR NORMALMENTE SABE COMO ESTE OU AQUELE ALUNO SE COMPORTA NAS DIFERENTES DISCIPLINAS. PROCURAMOS FALAR UMA MESMA LINGUAGEM, PARA QUE OS ALUNOS NÃO FIQUEM CONFUSOS E POSSAMOS CAMINHAR EM UMA MESMA DIREÇÃO.
O PODER DA CANETA VERMELHA

Participando de uma reunião pedagógica em minha Escola, observei uma colega professora corrigindo avaliações, “provas”, usando a caneta vermelha. Pensei: estamos em pleno século XXI e a caneta vermelha ainda serve para registrar “certo”, “errado, rabiscar observações e recomendações para os alunos. Fiquei olhando... Ela fazia aquilo de forma rápida, voraz, que as vezes me dava a impressão de ser um movimento mecânico. Pensei: incrível, tudo muda neste mundo, por que a Escola não muda a maneira de olhar para o aluno?
Pensei no poder que alguns professores acham que têm! Um poder que está presente em suas concepções de forma explícita. Esta é a sua verdade. Parece que não há espaço para outro olhar, para outras maneiras de fazer o ato pedagógico. São concepções enraizadas.
E a professora continuava com sua caneta vermelha: firme, convicta de seus gestos, fazendo marcas rápidas e seguras em cada folha. MARCAS! Talvez muitos professores as deixem em seus alunos. Seja qual for a marca, a cicatriz está ali, para toda a vida.
A cor vermelha que o alerta! Mas será, que o perigo, o pare, não pode chegar de outra maneira, para mostrar para o aluno como está o seu processo de aprendizagem? Talvez com menos poder.
O mesmo acontece quando um professor diz: “Esse aí, não quer nada com nada”, se esquecendo que todo mundo sempre quer alguma coisa.
Talvez este aluno não queira o que a gente quer que ele queira, mas certamente, alguma coisa ele quer.
Precisamos criar espaços que incluam a realidade experiência e o conteúdo programático, advindo da dúvida, da descoberta, da vivência, da curiosidade.
Acredito que é necessário entrelaçar o saber do professor com o saber do aluno. É necessário entender o significado e o valor do erro para ambos.
As situações descritas refletem o “poder” que nós professores temos nas mãos. Ali, naquela situação estava representada pela caneta vermelha, mas na maioria dos casos está camuflada atrás das atitudes de desprezo, por aquele que menos sabe, de descaso, por aquele que não se manifesta, pelo “deixar pra lá”, por aquele que não vai fazer diferença.
Este olhar, presente diariamente na sala de aula, é responsável por muitas evasões, desinteresse, abandono as Instituições Escolares. Este olhar , diferenciado do professor que só atente e só enxerga aquele que “sabe”, que tem facilidade.
Aquele professor que não leva em conta o esforço, o raciocínio utilizado para o desenvolvimento do trabalho e que simplesmente “caneteia” um zero, porque a resposta não era aquela solicitada.
Aquele professor que não valoriza o crescimento, o empenho do aluno em tentar superar suas dificuldades e simplesmente ignora, aniquila-o com seu poder, com sua caneta.
Vejo muito despreparo em nossa profissão, muitas injustiças sendo cometidas diariamente em salas de aula. Marcas que serão carregadas por uma vida, poelos alunos. Rótulos que ficarão estampados em seus corações.
Enquanto não existir a preocupação e a consciência que o bom professor é aquele que precisa encantar seus alunos, aquele que consegue ensinar o aluno que tem dificuldades e o solicita, mas também o que se esconde e disfarça suas dificuldades no desinteresse e na apatia.
Com esse desabafo, não estou me abstendo, me excluíndo de minhas responsabilidades enquanto educadora, nem deixando de reconhecer a parcela de “culpa” que o aluno tem com sua falta de comprometimento e responsabilidade. Apenas, acredito , que devemos levar em conta, considerar a nossa vivência e maturidade com relação ao nosso aluno, imaturo e em processo de formação de sua personalidade. Procurando então, na nossa prática educativa, estimula-lo, resgatando seu interesse, fazendo-o acreditar em si e nas suas capacidades.
A Escola pode mudar, sim. Como educadora acredito que pode. Tenho que acreditar.

PROFESSORA ROSANI DE LIMA DA LUZ